![]() |
LITERATURAA literatura peruana tem duas grandes etapas, uma de autonomia andina (até 1532), oral, em línguas indígenas, e outra de dependência externa (de 1532 até os nossos dias), basicamente em castelhano. Tradição andina pré-hispánica • Literatura popular A literatura indígena foi ignorada até o século XX. Estudiosos literários e antropólogos coletaram e resgataram mitos e lendas orais. Destacam-se Adolfo Vienrich com Tarmap pacha huaray (1905) e Tarmapap pachahuarainin (1906); Luis Alberto Sánchez reconheceu elementos de tradição indígen, na base da literatura mestiça ou criolla, assim como Jorge Basadre em Literatura Inca (1938) e En torno a la literatura quechua (1939); o escritor e tradutor José María Arguedas e Edmundo Bendezú, que em 1980 fala de uma grande tradição, marginalizada pelo sistema escritural ocidental, pois essa 'outra' literatura é totalmente oral. Literatura colonial Pedro Cieza de León (1518-1554),escreveu Crónica del Peru,o primeiro grande projeto de uma história andina global. O Inca Garcilaso de la Vega, filho de espanhol e de uma nobre inca, publicou no século XVII seus Comentarios Reales de los Incas, obra que supera as exigências de uma simples crônica para convertir-se em uma obra-mestra da literatura, a primeira escrita por um mestiço hispanoamericano. Entre os cronistas indígenas, se encontram: Ao longo dos séculos XVII y XVIIIla literatura se cultiva em círculos ilustrados, vinculados a igreja, que imparte a educação das elites sociais. Entre os escritores mais relevantes se encontrams: Diego de Hojeda, autor da Cristiada (1611), primeiro poema épico-místico escrito em América; Amarilis,p seudónimo da autora ou autor da Epístola a Belardo; Juan de Espinoza Medrano , chamado "El Lunarejo", dramaturgo mestiço, autor da Novena maravilla (1695).Ao redor de 1730, com as obras Lima fundada e Lima triunfante, o humanista limenho Pedro Peralta y Barnuevo ppode ser considerado precursor do costumbrismo. Frei Francisco del Castillo O.M. (1716-1770), "El ciego de La Merced", poetae o melhor dramaturgo da colônia, escreveu La conquista del Peru (uma perspectiva crítica da conquista) e Todo el ingenio lo allana. A época colonial conclui com o poeta arequipenho Mariano Melgar (1791-1815), cujos versos anunciam o romanticismo, e mostra a fusão da poesia culta e o cancioneiro popular indígens. Sau obra se publica na época republicana: Carta a Silvia (1827) e Poesías (1878). A República e o século XIX Próxima do costumbrismo está a obra de Ricardo Palma (1833-1912) autor das Tradiciones Peruanas, a obra mais connhecida do século, na que através de uma série de tradições, género inventado por ele, que combina elementos de história com fabulações prórpias, narra a história de Lima e do Peru durante as épocas incaica, colonial e republicana. Aol romantismo pertenecem os poetas e dramaturgos Carlos Augusto Salaverry, Luis Benjamín Cisneros, e Pedro Paz Soldán y Unanue, conhecido pelo pseudónimo Juan de Arona. Como reação contra o romantismo, o intelectual Manuel González Prada escreveu poesia precursora do modernismo. ENeste período foi introduzido timidamente o realismo nos romances. Surgiram escritoras, muitas delas viúvas ou com filhos falecidos na Guerra com o Chile, que exerceram sua vocação literária em tertúlias, como a argentina Juana Manuela Gorriti, que discutia sobre os problemas sociais e a influência européia. Escreveram romances que se qualificam como realistas, tal o caso de El conspirador de Mercedes Cabello de Carbonera, uo Aves sin nido de Clorinda Matto de Turner. También se destacou María Nieves y Bustamante com o romance Jorge, el hijo del pueblo. Século XX José María Eguren abriu o caminho dea inovação com seus poemários La Canción de las figuras (1916) e Simbólicas (1911), que contrastam con a retórica e o formalismo modernistas. Ol escritor Abraham Valdelomar, que narrou com ternura histórias das cidades provincianas e relatos de Lima ou cosmopolitas, fundou em 1916 a revista Colónida (só se publicaram quatro números) que reuniu jovens escritorese abriu espaço para movimentos de vanguarda na literatura peruana. César Vallejo produziu obras extraordinariamente inovadoras e originais (Los heraldos negros, 1919, Trilce, 1922, Poemas Humanos, 1939), assim como os poetas Alberto Hidalgo, Alberto Guillén, Xavier Abril, Carlos Oquendo de Amta (5 metros de poemas, 1927), Luis Valle Goicochea, Magda Portal e os surrealistas César Moro (La tortuga ecuestre, 1938) e Emilio Adolfo Westphalen (Abolición de la muerte, 1935) • O Indigenismo • Geração de 50 Surgem poetas entre os que se destacam Alejandro Romualdo, Washington Delgado (Para vivir mañana,1959), Carlos Germán Belli, Francisco Bendezú, Juan Gonzalo Rose (Cantos desde lejos, 1957), Pablo Guevara, vinculados personal e ideologicamente com os movimientos de esuerda. Os poemas adotaram um tom de compromisso social.Essa geração reinvindicou a César Vallejo como paradigma estético e assumiu o pensamiento de José Carlos Mariátegui como guía intelectual. Também se destacou o escritor Manuel Scorza. Os poetas Javier Sologuren, Sebastián Salazar Bondy, Jorge Eduardo Eielson (Canción y muerte de Rolando, 1959), Antenor Samaniego, Blanca Varela (Ese puerto existe, 1959), ficaram conhecidos como neo-vanguardistas e mantiveram uma relação interpessoal na revista Mar del Sur; esse grupo de poetas designou a Emilio Adolfo Westphalen como mentor poético. O teatro se renovou com as peças de Sebastián Salazar Bondy e Juan Rivera Saavedra, influenciadas pelol neorealismo social,o expressionismo e o teatro do absurdo. • Anos 60 e 70 No teatro, eclode a criação coletivacomo contraponto às obras de autor, se destacam as companhisa Cuatrotablas, liderada por Mario Delgado, e Yuyachkani, por Miguel Rubio Zapata, ambas criadas em 1971. Entre os narradores se destacam Oswaldo Reynoso, Alfredo Bryce Echenique e o prêmio Nobel 2010 e provavelemente o romancista peruano mais importante das últimas décadas, Mario Vargas Llosa (La ciudad y los perros,1963, La casa verde, 1966, Conversación en La Catedral, 1969, Pantaleón y las visitadoras,1973, La guerra del fin del mundo,1981, Lituma en los Andes,1993, La Fiesta del Chivo, 2000, El sueño del celta, 2010). • Anos 80 e 90 Os anos noventas produzem literatura mais individualista e crua, sem acentuar o compromisso social. Na narrativa, o protagonista costuma ser jovem, urbano e marginal. Nesse campo, sobresaem Óscar Malca (Al final de la calle,1993), Sergio Galarza (Matacabros ,1996), Rilo (Contraeltráfico,1997), que cultivam um realismo sujo. Apareceu utro tipo de escritores, mais estetizantes, como Iván Thays( Las fotografías de Frances Farmer), e Patricia De Souza, (Cuando llegue la noche). • Século XXI A diversidade e qualidade literárisa peruanas estão finalmente integradas ao mercado global. |